Professores de São Sebastião recebem capacitação pioneira em esporte paralímpico

A Prefeitura de São Sebastião concluiu, na última segunda-feira (28), uma formação inédita voltada à Educação Paralímpica, direcionada a professores de Educação Física das redes municipal, estadual, particular e demais profissionais da área. A capacitação foi promovida pela Secretaria da Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi), e teve como objetivo ampliar o acesso de alunos com deficiência às aulas de Educação Física.

A formação foi realizada em formato híbrido, com uma etapa on-line e o seminário presencial “Da Teoria à Prática”, que ocorreu no auditório da Seduc e no Centro de Apoio Educacional (CAE) do Pontal da Cruz. Durante a capacitação, os participantes puderam aprofundar seus conhecimentos em fundamentos do esporte paralímpico, classificação esportiva, modalidades específicas e práticas pedagógicas inclusivas.

A iniciativa está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao Plano Nacional de Educação (PNE) e à Lei Brasileira de Inclusão (LBI), reforçando o compromisso do município com políticas públicas de educação inclusiva.

A secretária da Sepedi, Juliana Coelho, ressaltou a importância da parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro para o sucesso da formação. “O esporte transforma vidas de pessoas com deficiência. Essa capacitação trouxe conhecimentos práticos e teóricos fundamentais para a implementação de projetos futuros”, destacou.

Para a secretária da Educação, Marta Braz, preparar os professores para uma atuação inclusiva é garantir o direito de todos os estudantes à participação plena na escola. “A formação em Educação Paralímpica representa nosso compromisso com uma educação mais justa e acolhedora, respeitando a individualidade e o potencial de cada aluno”, afirmou.

O coordenador do Programa de Educação Paralímpica do Comitê Paralímpico Brasileiro, David Farias Costa, também participou do seminário. “Nosso objetivo é levar informação e formação aos profissionais da educação, onde ainda há estudantes com deficiência fora das aulas de Educação Física. Como pessoa com deficiência visual, afirmo que a verdadeira inclusão passa pela educação, pelo esporte e pelo comprometimento coletivo”, pontuou.

Entre os participantes, o professor Daniel de Assis descreveu a experiência como única. “Nunca tinha participado de uma formação assim. Aprender como conduzir uma pessoa cega ou vivenciar modalidades como a bocha vai transformar minha prática docente. Que venham mais formações como essa!”, comentou.

Já o educador Cláudio Gomes de Carvalho completou: “Foi uma oportunidade de reflexão, aprendizado e percepção de que podemos fazer mais do que imaginamos. Espero vivenciar experiências como essa mais vezes.”